Governo do Estado diz que procura expandir oferta de leitos, mas escassez de profissionais de saúde é gargalo

Diariamente, cerca de 200 pessoas estão na fila para conseguir leitos em geral em Minas Gerais, enquanto o Estado ultrapassa a ocupação de 80% da assistência médica. O governo estadual reforça que dobrou a oferta de UTIs e enfermarias durante a pandemia e que ainda tem condições de ampliar essas estruturas, porém faltam profissionais de saúde para operá-las.

“Temos uma nítida progressão do tamanho da fila de pacientes, com quase 200 aguardando diariamente. Essa lista é modificada todos os dias, saem pessoas e entram novas. A gente vem nessa tentativa de expansão de leitos para zerar essa lista. Algumas regiões vêm sofrendo mais, especialmente a Central, da Grande Belo Horizonte, está sofrendo muito, mesmo tendo o maior número de leitos”, disse o novo secretário de Estado de Saúde, Fábio Bacheretti, em coletiva de imprensa nesta terça-feira (16). Na região Central, 88% dos leitos de UTI e 83% dos leitos de enfermaria estão ocupados.

Foto Arquivo Jornal Araxá 

A Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) abriu mais processos seletivos para contratação de pessoal neste mês, e há meses hospitais e o poder público relatam a dificuldade em encontrar trabalhadores, especialmente para atender em UTIs. O governador Romeu Zema (Novo) descartou a possibilidade de alocar estudantes no final do curso de medicina para esse tipo de leito.

“Trabalhar em uma UTI é equivalente a pilotar um avião: não adianta fazer um curso de 30 dias, ou vamos estar colocando a vida de outras pessoas em risco. Estudantes de medicina podem colaborar, mas o trabalho em UTI é hiper-especializado”, disse o governador.

Hospital de campanha

Zema voltou a dizer que o hospital de campanha de Belo Horizonte, desmontado em setembro de 2020 sem receber pacientes, não será reaberto. Um dos motivos, reforçou, é a falta de profissionais de saúde para atendê-lo. Ele contava com 700 leitos de enfermaria e, de acordo com o governador, a oferta desse tipo de unidade passou de 10 mil para 20 mil durante a pandemia, o que equivalente, nas palavras dele, a “15 hospitais de campanha”.

C/ O Tempo

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