Os estoques de sangue da Fundação Hemominas estão em situação preocupante. Segundo o hemocentro, os níveis do tipo “O negativo”, que é o tipo sanguíneo doador universal, estão 44% abaixo do nível seguro. Já o tipo “O positivo”, que pode ser doado para outros três tipos sanguíneos, está em 60%. Os tipos “A positivo” e “A negativo”, por sua vez, estão em alerta: 40% abaixo do ideal. Para mobilizar os mineiros a doarem sangue, a rede Hemominas conta o Hemocentro Coordenador, localizado em Belo Horizonte e, também, com uma estrutura descentralizada, composta pelos hemocentros regionais.
Minas Gerais têm seis hemocentros regionais, que ficam nos municípios de Governador Valadares, Juiz de Fora, Uberlândia, Uberaba, Montes Claros e Pouso Alegre. Essas unidades também recebem candidatos à doação de medula óssea. Com o objetivo de abastecer o banco de sangue e aumentar o número de doadores de medula, a Fundação Hemominas indica que os voluntários devem procurar o hemocentro regional mais próximo e permitir uma pequena coleta de sangue para averiguação do tipo sanguíneo e da compatibilidade.
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Logo depois, o cadastro é repassado para o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), do Instituto Nacional do Câncer (Inca), órgão nacional responsável pelo gerenciamento das informações do doador e do paciente. Caso haja compatibilidade, o Redome entrará em contato com o doador.
Coordenação estadual
O Hemominas atende 92% da demanda transfusional do estado. Em 2020, cerca de 310 mil pessoas se cadastraram para se tornar doadores de sangue. De janeiro a julho deste ano, cerca de 160 mil candidatos à doação passaram pelas unidades do hemocentro mineiro, segundo a instituição. Em relação ao cadastro de medula óssea, Minas Gerais já cadastrou, ao longo dos anos, mais de 586 mil candidatos.
A assessora de Captação de Doadores da Fundação Hemominas, Viviane Guerra, destaca que a doação de sangue é importante para tratar terapeuticamente milhares de pessoas com doenças crônicas ou que vão passar por procedimentos médicos e cirúrgicos. Ela garante que o volume doado não prejudica a saúde do doador.
“O sangue é um remédio diferente de qualquer outro, não conseguimos comprar e nem produzir, dependemos exclusivamente da solidariedade de outro ser humano, que se dispõe a doar parte do sangue para um paciente que precisa. Então, o sangue salva vidas e o volume doado é muito pequeno e não faz falta para quem doa e o tem o valor da vida para quem recebe”.
Mesmo em meio à pandemia da Covid-19, ela lembra que é totalmente seguro doar sangue e essencial para salvar vidas. Em cada doação, uma pessoa pode ajudar a salvar a vida de até quatro pessoas.
“As medidas de restrições e os protocolos de segurança fizeram com que os doadores ficassem mais apreensivos e muitos deixaram de comparecer ao hemocentro. Mas estamos tomando todas as medidas sanitárias para que eles venham com segurança e façam a doação”, explica a assessora da Fundação Hemominas.
Fonte: Brasil 61