O esgotamento dos profissionais provocado pelo excesso de trabalho e a necessidade de se adaptar a novos protocolos por conta de um vírus desconhecido é desesperador
Exaustão física e mental, essa é a condição atual das equipes de saúde que estão na linha de frente do combate à Covid-19. O esgotamento dos profissionais provocado pelo excesso de trabalho e a necessidade de se adaptar a novos protocolos por conta de um vírus desconhecido é desesperador.
Apesar de importantes, os leitos de UTI e respiradores não são os únicos aliados para se enfrentar a Covid-19. Na realidade, sem a mão de obra habilitada, eles têm pouca valia. Como se não bastasse esse desgaste profissional, a falta de insumos necessários é outro problema que já preocupa o sistema de saúde.
De acordo com a secretária municipal de Saúde, Diane Dutra, nos últimos dias três profissionais de saúde pediram demissão, além de diversos afastamentos por questões emocionais e físicas. Desta maneira, os especialistas aptos a trabalhar ficam sobrecarregados e os hospitais, por outro lado, de mãos atadas, sem o número de profissionais suficientes para atender a demanda.
A escassez de medicamentos é outra preocupação para os hospitais públicos e privados, uma vez que a falta desses remédios pode impedir o tratamento adequado aos pacientes graves. Todos esses fatores, somados a descrença da população quanto a gravidade da doença deixam o sistema de saúde perto do colapso em todo Estado de Minas Gerais.
“Estamos na fase mais crítica da doença. Hoje a quantidade de profissionais nos hospitais e Unidades de Saúde são suficientes devido ao sacrifício de todos os trabalhadores da rede. Mas não sabemos amanhã, levando em consideração que já há falta de medicamentos e outros insumos hospitalares no mercado. Os casos estão aumentando muito e as pessoas precisam entender que não depende só da gente. Cada um precisa fazer sua parte para que o sistema não entre em colapso, como já está acontecendo em municípios vizinhos”, esclarece Diane Dutra.