O aumento do número de casos confirmados e a gravidade do quadro de saúde dos pacientes já é uma indicação de uma variante

 A Prefeitura de Araxá confirmou que a presença de variante britânica do Coronavírus foi detectada em amostras de pacientes infectados no município. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, desde janeiro as amostras de exames realizados em Araxá são encaminhadas para estudo desenvolvido por pesquisadores do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em parceria com a Rede Corona-ômica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, o Instituto Hermes Pardini e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

A secretária Diane Dutra durante reunião do Comitê de Enfrentamento do Covid-19 em Araxá. Foto Arquivo JA 

A presença da variante originária do Reino Unido, a B.1.1.7, foi identificada em 16 cidades do país, sendo quatro em Minas Gerais: Belo Horizonte, Betim, Araxá e Barbacena. Os pesquisadores fizeram uma triagem no banco de dados do Hermes Pardini, composto por mais de 740 mil exames de Covid-19 realizados em laboratórios de todo o país, em busca de amostras com comportamento “anormal”.

O Ministério da Saúde enviou uma nova nota técnica aos Estados na terça-feira (23) com informações sobre as variantes identificadas até o momento e medidas que devem ser adotadas para evitar a propagação das cepas no país.

De acordo com a secretária municipal de Saúde, Diane Dutra, o município já está atento a presença de variante britânica do coronavírus desde o início do ano. “O aumento do número de casos confirmados e a gravidade do quadro de saúde dos pacientes já é uma indicação de uma variante. O estudo só confirma o que os profissionais de saúde do município já temiam. Temos que redobrar os cuidados neste momento e tomar as medidas necessárias. Na terça-feira (22) foi registrado o recorde de casos confirmados e óbitos no município. Pela quantidade de atendimentos que estamos registrando nas unidades de saúde e testes realizamos, podemos ter número ainda maiores”, alerta Diane.

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