A Dra. Myrna Serapião, oftalmologista especialista em doenças da superfície ocular, recomenda
alguns cuidados para prevenir o quadro

A alergia ocular geralmente surge de forma inesperada e causa muito incômodo! Os olhos começam a coçar incontrolavelmente e esfregá-los piora a situação, pois a fricção libera substâncias que causam vermelhidão, inflamação e intensificam a coceira. Outros sintomas que podem aparecer são lacrimejamento, inchaço das pálpebras, sensação de areia nos olhos, secreção ocular, ardência, dor e sensibilidade à luz.
A Dra. Myrna Serapião, oftalmologista especialista em doenças da superfície ocular do H.Olhos e diretora médica da Rede Vision One, explica que “a alergia é uma reação do sistema imunológico a substâncias que podem irritar os olhos, como ácaros, pelos de animais, cosméticos, poeira ou fumaça”. Além disso, de acordo com a médica, “o clima mais seco do inverno contribui para ressecar a superfície dos olhos, que ficam mais vulneráveis a irritações, o que pode piorar a alergia ocular”.
A oftalmologista recomenda alguns cuidados para prevenir o quadro:
– usar um pano úmido na limpeza a fim de evitar que a poeira se espalhe;
– manter os ambientes da casa limpos e arejados;
– proteger o colchão e o travesseiro com capas antiácaros;
– evitar que animais de estimação entrem no quarto para reduzir a quantidade de pelos na roupa de cama;
– lavar sempre as mãos antes de tocar nos olhos ou em lentes de contato;
– manter distância de fumaça, poeira ou odores fortes.
“Em caso de sintomas de alergia ocular é muito importante evitar a automedicação. Uma medida inicial para promover alívio, sem causar riscos, é fazer compressas frias com soro fisiológico ou água filtrada sobre os olhos. Mas é preciso procurar um oftalmologista o quanto antes para que seja feita uma avaliação do quadro e indicado o tratamento correto, que pode incluir colírios lubrificantes ou antialérgicos”, explica a Dra. Myrna Serapião.
Sem os cuidados adequados, a alergia ocular prejudica a qualidade de vida, além de ser fator de risco para o agravamento da Síndrome do Olho Seco, doença ocular que tem sua conscientização reforçada este mês pela campanha Julho Turquesa. Caracterizado pela deficiência na produção ou qualidade da lágrima, o olho seco não tem cura e requer tratamento, pois a falta de hidratação deixa os olhos desprotegidos e sujeitos a lesões.
C/ Ascom