Na última década o Brasil registrou aumento de 29% dos brasileiros que praticam atividade física, como caminhada, natação e dança, regularmente, ou seja, mantem por semana mais de 150 minutos de atividade moderada ou por 75 minutos atividade vigorosa. Assim, a prevalência de adultos ativos passou de 30,3% em 2009 para 39,0% no ano passado. Os homens (46,7%) são mais ativos do que as mulheres (32,4%). Os dados estão no estudo sobre Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) Brasil 2019, divulgado na última semana, pelo Ministério da Saúde.
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O Vigitel 2019 apontou que a prática de atividade física diminui com a idade: 49,4% na faixa de 18 a 24 anos e 24,4% nos adultos com 65 anos ou mais; e aumenta com a escolaridade, passando de 25,8% nos indivíduos com até 8 anos de estudo para 50,0% entre aqueles com 12 anos ou mais de estudo.
Sobre a prevalência de adultos inativos, ou seja, que não praticaram qualquer atividade física no tempo livre nos últimos três meses, em 2006, era de 15,9%, passando para 13,9%, em 2019. O percentual de inativos aumenta com a idade, sendo de 12,9% na faixa de 18 a 24 anos e 31,8% nos adultos com 65 anos e mais; e diminuiu com a escolaridade, passando de 18,0% nos indivíduos com até 8 anos de estudo para 11,7% para aqueles com 12 anos ou mais de estudo.
O Vigitel é uma pesquisa telefônica realizada com maiores de 18 anos, nas 26 capitais e no Distrito Federal, sobre diversos assuntos relacionados à saúde. O objetivo é conhecer a situação de saúde da população para orientar ações e programas que reduzam a ocorrência e a gravidade de doenças, melhorando a saúde da população.
CONSUMO DE ALIMENTOS
No ano de 2019, o Ministério da Saúde coletou dados de dois novos indicadores, de acordo com recomendação do Guia Alimentar para a População Brasileira: consumo de alimentos minimamente ou não processados e consumo de alimentos ultraprocessados.
O consumo recomendado de frutas e hortaliças (5 porções de frutas e hortaliças em pelo menos 5 dias na semana) avançou no país, passando de 20,0% em 2008 para 22,9% em 2019. No ano passado, o consumo foi maior entre mulheres (26,8%) do que entre os homens (18,4%). Ainda, o consumo aumentou com a idade: 19,0% na faixa de 18 a 24 anos e 26,6% nos adultos com 65 anos e mais; e com a escolaridade, passando de 19,0% nos indivíduos com até 8 anos de estudo para 29,5% para aqueles com 12 anos ou mais de estudo.
Em relação ao consumo de alimentos não ou minimamente processados (Ex: verduras, legumes e frutas (frescas ou secas); tubérculos (batata, mandioca); arroz; milho (em grão ou na espiga); cereais; farinhas; feijão e outras leguminosas; sucos de frutas sem açúcar ou outras substâncias), a prevalência de adultos que consumiram cinco ou mais grupos de alimentos dessa categoria no dia anterior à data da pesquisa foi de 29,8%, sendo maior entre as mulheres (32,3%) que entre os homens (26,9%). O consumo aumentou com a idade, 22,9% na faixa de 18 a 24 anos e 32,6% nos adultos com 65 anos e mais; e com a escolaridade, passando de 24,2% nos indivíduos com até 8 anos de estudo para 36,7% para aqueles com 12 anos ou mais de estudo.
Já a prevalência de adultos que consumiram cinco ou mais grupos de alimentos ultraprocessados (Ex: biscoitos, sorvetes e guloseimas, bolos, cereais matinais, barras de cereais, sopas, macarrão e temperos instantâneos, salgadinhos de pacote, refrescos e refrigerantes) no dia anterior à data da pesquisa foi de 18,2%, sendo maior entre os homens (21,8%) que entre as mulheres (15,1%). O consumo diminuiu com a idade, 29,3% na faixa de 18 a 24 anos e 8,0% nos adultos com 65 anos e mais.
METOLOGIA DE PESQUISA
Em 2019 foram realizadas 52.443 entrevistas com adultos residentes nas capitais e no Distrito Federal, com duração média de, aproximadamente, 12 minutos, variando entre 4 e 58 minutos. Foram avaliados os indicadores de hipertensão arterial e diabetes, excesso de peso e obesidade, consumo abusivo de álcool, fumantes, consumo alimentar e atividade física.
Foram entrevistadas pessoas com 18 anos ou mais, residentes em domicílios com, pelo menos, uma linha de telefone fixo. Anualmente, estima-se um número amostral mínimo de duas mil entrevistas telefônicas para cada capital e o Distrito Federal e foram realizadas entre os meses de janeiro e dezembro de 2019.
C/ Ministério da Saúde