Médico da Unimed Araxá responde dúvidas frequentes sobre o assunto

Passar por uma cirurgia plástica estética está na lista de desejos de muitas pessoas que buscam elevar a autoestima e ter mais qualidade de vida. Para que isso aconteça, é essencial escolher um profissional responsável e devidamente credenciado, mas, mesmo assim, as dúvidas são muitas e frequentes. Em entrevista, o cirurgião plástico da Unimed Araxá, Henrique Coraspe, esclarece a população sobre a formação do profissional, idade mínima para procedimentos e a relação entre a vaidade e a saúde.

Como é a formação de um cirurgião?

O cirurgião plástico passa por cerca de 11 anos de formação. Após o curso de medicina, que são seis anos, o médico presta prova para residência em cirurgia geral. Uma vez concluída a residência, ele presta nova prova para a residência médica em cirurgia plástica, para se capacitar. Geralmente realizamos muitos cursos específicos e agregadores de conhecimento científico também.

O Brasil ocupa lugar de destaque quando o assunto é cirurgia plástica, correto?

Sim. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), no Brasil são realizados quase 1,5 milhão de procedimentos estéticos por ano, tornando o país líder mundial no ranking de cirurgias plásticas. Somente nos últimos dez anos, houve um aumento de 141% no número de procedimentos entre jovens de 13 a 18 anos, segundo a SBCP. Entre as cirurgias mais procuradas estão a lipoaspiração e os implantes de silicone.

Diante desta situação, fica a pergunta: tudo isso é vaidade?

Não. É importante enfatizar que as cirurgias plásticas vão bem além do senso estético. Sofrimentos emocionais, agravados por restrições sociais em função de alguma deformidade, justificam a correção cirúrgica.

Há idade mínima para a realização de uma cirurgia plástica com fins estéticos?

O ideal é que as intervenções cirúrgicas, com fins estéticos, sejam recomendadas para pacientes acima de 18 anos, quando já possuem mais maturidade e autonomia para tomar decisões, mas em casos de pessoas que estão sofrendo bullying escolar, ou com uma redução da qualidade de vida e da autoestima, elas podem ser avaliadas e realizadas precocemente. Entre os casos em que os procedimentos merecem ser realizados mesmo antes dos 18 anos estão, por exemplo, orelhas de abano (proeminentes), mamas grandes ou pequenas demais e situações que podem levar ao constrangimento.

Fora essas situações, há uma gama de especialidades…

A especialidade de cirurgia plástica é muito ampla, inclusive figura em sua área de atuação, o tratamento de tumores de pele, reconstruções mamárias, traumas de face, pacientes vítimas de queimadura, tratamento de paralisia facial, além das cirurgias plásticas pós-bariátricas. É claro que em todos os tratamentos reparadores busca-se o melhor resultado estético possível, por isso nem sempre é fácil dissociar a plástica estética da reparadora. De acordo com Organização Mundial de Saúde (OMS) a saúde é definida como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas ausência de afecções e enfermidades”. Com a cirurgia plástica não é diferente, já que não é somente pela ausência da doença, mas o paciente tem que se sentir bem consigo mesmo para o equilíbrio geral de sua saúde.

Dr. Henrique Coraspe
Cirurgião Plástico da Unimed Araxá
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