O Queijo Três Irmãos, do município de Tapira, foi um dos premiados no concurso promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Os vencedores do Prêmio CNA Brasil Artesanal Queijos foram anunciados em cerimônia ao vivo transmitida pelo canal da entidade no YouTube, na última semana. O produto levou o quinto lugar na categoria “queijos artesanais com adições/aromatizados/condimentados”.

“Foi maravilhoso, ficamos bastante empolgados, pois somos novos no mercado”, destacou o produtor Reginaldo de Assis Castro, que é assistido pelo Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) Balde Cheio, do Sistema FAEMG. Ao participar ao vivo da premiação, ele agradeceu à família e destacou que o nome da queijaria é uma homenagem aos três filhos: Amanda, Cairo e Gustavo.

O casal de produtores de queijo Reginaldo e Liliana

Para o produtor, o sistema de votação do concurso da CNA, com júri popular, valoriza ainda mais o produto. “O mais emocionante foi ver a votação popular, as pessoas degustando e aprovando o nosso queijo”, completou. No mês passado, o Queijo Três Irmãos também foi premiado com uma medalha de prata na ExpoQueijo, em Araxá. E já tem mais um desafio: o produto está inscrito para participar do Mundial do Queijo do Brasil, que será realizado em São Paulo, no mês de setembro.

A participação em concursos e feiras estão aumentando a visibilidade do produto e incrementando as vendas. “Desde que participamos da ExpoZebu, em Uberaba, a comercialização aumentou bastante, em cerca de 50%. Temos uma frente de pedidos de 15 a 20 dias. E novos clientes estão aparecendo”, explicou.

História

Em 2007, a esposa de Reginaldo, Liliana Patrícia Goulart de Castro, começou a produzir queijos a partir do leite de uma vaca cedida pelo patrão do marido. Em 2012, o casal decidiu investir no negócio, alugou uma propriedade e passou a produzir 100 queijos por dia. Três anos depois, eles voltaram à “estaca zero” quando venderam quase todo o gado para comprar uma propriedade de 47,2 hectares, em Tapira. Aos poucos, fizeram a queijaria e melhoraram a produção.

Em 2020, o produtor passou a ser assistido pelo programa ATeG Balde Cheio, recebendo várias orientações do técnico de campo do Sistema FAEMG, André Henrique Neves Nunes, especialmente em relação ao controle de produção e de gastos mensais. “O técnico virou um parceiro nosso. Está sendo muito bom participar do programa”, afirmou. Em janeiro deste ano, a família conquistou a certificação junto ao Instituto Mineiro de Agropecuária. Hoje, a propriedade tem uma produção de 60 queijos por dia, entre os tipos defumado, curado, meia cura e fresco.

Concurso

O Prêmio CNA Brasil Artesanal Queijos faz parte das ações do Programa de Alimentos Artesanais e Tradicionais do Sistema CNA/Senar para valorizar e divulgar esses produtos. Essa edição é uma parceria com a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). O concurso contou com a participação de mais de 90 produtores, de 13 estados.

Os 15 finalistas foram selecionados em três categorias: artesanais com tratamento térmico; artesanais com 30 a 180 dias de maturação; e artesanais com adições/aromatizados/condimentados. Os vencedores receberam um prêmio em dinheiro, o curso Sebrae Empretec e um certificado.

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