A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Defraudações de Araxá, realizou ontem, quarta-feira, dia 04 de dezembro, uma operação no município de Rio Paranaíba, que resultou na recuperação de 111 semoventes. Os animais foram adquiridos de forma fraudulenta, em um esquema de estelionato que vitimou dois pecuaristas da região.
De acordo com a Polícia Civil, o investigado comprava gado utilizando cheques sustados para ludibriar os vendedores. A ação foi coordenada pelo delegado responsável, Dr. Sandro Montanha, com o apoio dos policiais civis Thiago Vieira Soares dos Santos, Leandro Ribeiro Baldisseri e Fernando Honório de Souza.
A equipe policial deslocou-se até as Fazendas Salsa e Pedreira, em Rio Paranaíba, para cumprir o mandado de sequestro de bens expedido pelo MM. Juiz de Direito da Comarca de Araxá. No local, o autor foi localizado e inicialmente alegou estar apenas trabalhando na propriedade de seu pai. Ressalta-se que, durante sua oitiva na delegacia, confessou os crimes.
Durante a abordagem, o investigado entrou em contato com familiares, que compareceram ao local e tentaram obstruir o cumprimento da ordem judicial. Além de trancarem porteiras e utilizarem equipamentos pesados para dificultar o trabalho da equipe, os envolvidos acionaram a Polícia Militar, alegando falsamente que os animais estavam sendo retirados sem autorização judicial. Com a chegada da equipe da Polícia Militar, os policiais civis apresentaram o mandado judicial, reafirmando a legitimidade da operação e prosseguindo com os trabalhos.
Posteriormente, a filha do autor, que é advogada, chegou ao local e após confirmar a autenticidade do mandado judicial, orientou o pai a colaborar com a equipe policial. Após negociações, os 111 semoventes foram reunidos em um curral, devidamente contabilizados e embarcados em três caminhões. Os animais foram transportados para a fazenda de uma das vítimas na cidade de Araxá, onde permanecerão sob depósito judicial.
A Polícia Civil seguirá investigando o caso, que envolve indícios de que propriedades da família do investigado possam ter sido utilizadas para ocultar os semoventes adquiridos de forma ilícita. A operação reforça o compromisso da instituição em combater crimes contra o patrimônio e garantir os direitos das vítimas.
C/ PCMG