Contra o coronavírus, estudo da FGV busca aumentar o detalhamento das faixas etárias

De acordo com a pesquisa “Onde estão os idosos? Conhecimento contra o Covid-19”, realizada pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV Social), a população brasileira com 65 anos ou mais cresceu 20% em comparação com 2012, quando era de apenas 8,8%.

Com isso, há cerca de 10,53% de idosos no Brasil, com destaque para Rio de Janeiro (13,06%), Rio Grande do Sul (12,95%), São Paulo (11,27%), Minas Gerais (11,19%) e Paraná (10,9%), que são os estados que apresentam o maior número de pessoas com essas idades. Enquanto os com maior número de idosos são Sudeste e Sul, o Norte apresenta os menores índices: Roraima (5,26%), Amapá (5,75%), Amazonas (6,7%), Acre (6,9%) e Pará (7,07%).

O objetivo do estudo foi coletar e reunir informações sobre as faixas etárias a partir dos 60 anos, que fazem parte do grupo de risco do novo coronavírus (Covid-19), para auxiliar que os governos consigam criar medidas de segurança pública efetivas no combate à doença. Isso é necessário porque a taxa de letalidade em pessoas com mais de 80 anos é 13 vezes maior do que a das que estão entre 50 e 55 anos, e chega a ser 75 vezes maior quando comparada a das pessoas de 10 a 19 anos.

O estudo foi realizado com base nos microdados obtidos pela última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) anual, de 2018, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Deste modo, ele apresenta uma análise geral sobre quem são esses idosos, onde vivem, o que comem e como se sustentam em gráficos interativos.

Neles, ficou comprovado que os idosos são a pessoa de referência na residência ou o chefe de família em 19,3% dos domicílios no Brasil. Nos demais, eles são em 91,5% os avós da pessoa de referência, 69% os sogros ou sogras e 61,2% os pais ou as mães. O levantamento também mostra que a principal fonte de renda dessas pessoas é a Previdência Social (59,64%), seguida pelos Benefícios de Prestação Continuada (40,78%), além de apenas 0,89% do Bolsa Família.

Deste modo, o aumento da população idosa no Brasil demanda que também ocorra o crescimento do volume de funcionários em serviços essenciais e de órgãos públicos que os atendem, como ocorre no caso do edital INSS, que deve ser publicado nos próximos meses.

C/ Conversion

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