As tecnologias surgiram com muita velocidade e fazem parte do nosso dia a dia, mas ninguém aprendeu a usá-las adequadamente, afirma o Pós PhD em neurociências Dr. Fabiano de Abreu Agrela

O Ministério da Educação (MEC) está finalizando os últimos detalhes para anunciar, em outubro, um projeto de lei que visa proibir o uso de celulares em escolas públicas e privadas no Brasil. Segundo o MEC, essa iniciativa oferecerá segurança jurídica para estados e municípios que já estavam discutindo a proibição ainda sem data exata de divulgação.

Em julho, a Unesco publicou um relatório sugerindo que celulares sejam banidos das escolas, destacando que restrições semelhantes já existem em países como França, EUA, Finlândia, Itália, Espanha, Portugal, Holanda, Canadá, Suíça e México.

O que outros países já fazem sobre o assunto?

Na França, o uso de celulares é proibido nas escolas para alunos de até 15 anos desde 2018, embora alguns ainda resistam a entregar os aparelhos. Na Holanda, desde 1º de janeiro, celulares e outros dispositivos eletrônicos estão banidos, exceto quando relacionados às aulas.

Na China, desde 2021, os alunos não podem levar smartphones, e os pais devem solicitar permissão para isso. Já a Finlândia também discute medidas contra celulares nas escolas, com várias cidades já implementando proibições e o governo preparando uma nova lei.

Foto Crédito: Freepik.com

É preciso mais que apenas proibir, é preciso educar

De acordo com o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, precursor em alertar sobre o tema em artigos, entrevistas e matérias desde 2018, apenas proibir o uso de celulares não é o suficiente, apesar de já ser um grande passo.

“O uso de dispositivos móveis na escola prejudica o aprendizado e contribui para aumentar casos de ansiedade, dificuldade de manter o foco e facilita o desenvolvimento de vícios, por isso, não basta apenas limitar a certos horários ou a certas idades, é preciso que seja uma proibição mais ampla”, destaca.

“Mas apenas proibir não é o mais importante, é fundamental incluir outras medidas, como educar os pais a como lidar com o uso de tecnologia pelos filhos, pois de nada adianta proibir nas escolas e eles serem usados em todas as horas em que estão em casa, por exemplo”.

“Também seria muito bom incluir disciplinas ou conteúdos nas grades curriculares que ensinassem os alunos a usarem de forma controlada a tecnologia, esses dispositivos estão presentes na maior parte do nosso dia a dia, mas nunca aprendemos sobre o uso responsável deles”, alerta Dr. Fabiano.

Sobre Dr. Fabiano de Abreu Agrela

Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues MRSB é Pós PhD em Neurociências eleito membro da Sigma Xi, membro da Society for Neuroscience nos Estados Unidos , membro da Royal Society of Biology no Reino Unido e da APA – American Philosophical Association também nos Estados Unidos. Mestre em Psicologia, Licenciado em História e biólogo membro da Royal Society of Biology no Reino Unido; também Tecnólogo em Antropologia e filosofia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. Membro das sociedades de alto QI Mensa, Intertel, ISPE High IQ Society, Triple Nine Society, ISI-Society, Numerical e  HELLIQ Society High IQ. Autor de mais de 250 artigos científicos e 23 livros. Professor da PUCRS.

C/ MF Press Global

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