“A importância da Química Forense na investigação criminal” foi premiado na 33ª META
A 33ª Mostra Específica de Trabalhos e Aplicações (META) trouxe uma cena impactante no campus Araxá: uma cena de crime, com vestígios de sangue. Mas fique tranquilo, tudo não passou de um projeto que buscou estimular nos estudantes o aprendizado das ciências exatas.
O projeto “A importância da Química Forense na investigação criminal” foi desenvolvido pelas estudantes Fernanda Borges, Maria Clara Valeriano e Maria Júlia Dolabela, sob orientação da professora Elise Cunha. O trabalho saiu com o troféu de primeiro lugar geral do campus.
Maria Júlia, estudante de Edificações, conta que o grupo queria que o projeto a ser apresentado na META fosse algo visual, que chamasse a atenção para o trabalho e para o evento. “Durante a primeira reunião, enquanto explorávamos a literatura da área em busca de algo que pudéssemos utilizar, encontramos alguns experimentos que envolviam sangue e o uso do luminol”, conta. “Foi aí que a nossa orientadora, Elise, professora de Química, sugeriu que abordássemos a química forense nesse trabalho. Mais tarde, enquanto pesquisávamos mais sobre o assunto, surgiu também a ideia de realizar aulas práticas com os alunos, integrando a escola toda no nosso projeto”.
A pesquisa apresentou cinco experimentos interdisciplinares de química forense e sua importância para a investigação criminal. Foram montadas quatro cenas de crime, onde os alunos deveriam realizar análise de hematologia forense, em que o padrão das gotas de sangue vai apresentar evidências de como o crime pode ter ocorrido; extração de DNA; revelação de pegadas e impressão digital. Uma das técnicas favoritas de Maria Júlia foi o uso do luminol. A professora Elisa Cunha conta que o grupo foi até o campus da USP em Ribeirão preto para aprender a sintetizar o luminol, composto orgânico utilizado para identificar quantidades diminutas de sangue na cena do crime, mesmo que o local já tenha sido limpo. “Sua eficácia é tão grande que mesmo após seis a oito anos do crime, o luminol ainda pode detectar vestígios de sangue através da ocorrência de uma reação quimioluminescente, que libera uma luz fosforescente que pode ser melhor observada num ambiente com pouca luz”, explica Elisa.
Para Maria Júlia, o projeto não foi apenas uma oportunidade de se aprender sobre o tema, mas também de entender como a ciência pode ser aplicada para resolver problemas reais. “Eu pude notar a importância da investigação e do pensamento crítico, além de aprimorar algumas habilidades como trabalho em equipe, pesquisa e resolução de problemas, que certamente serão aprendizados que contribuirão muito para a minha formação”, afirma.
C/ CEFET/MG