Os setores com mais geração de oportunidades foram Indústria da Transformação, Construção Civil e
Agropecuária. Na análise por regiões, destaque para o Triângulo Mineiro, Noroeste de Minas e Alto Paranaíba 

O primeiro mês de 2025 registrou saldo positivo na criação de empregos em Minas Gerais. Foram 236.381 admissões e 232.341 desligamentos, resultando em um saldo de 4.040 novas vagas, sendo 65,3% nas micro e pequenas empresas (MPEs). O levantamento foi realizado pelo Sebrae Minas, a partir dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Em comparação ao mesmo período de 2024, o saldo ficou 66,9% abaixo, saindo de 12.193 para 4.040 novas vagas. Os destaques no saldo de emprego foram observados na Indústria da Transformação (3.122), na Construção Civil (2.126) e na Agropecuária (1.273). Na contramão, o setor de Comércio foi o único a registrar saldo negativo em janeiro deste ano (-4.334).

Na contramão, o setor de Comércio foi o único a registrar saldo negativo em janeiro deste ano. Foto Crédito: Sebrae Minas

 

Na análise por regiões do estado, de acordo com classificação do Sebrae Minas, as MPE mineiras registraram maior geração de emprego nas regiões Triângulo (1.967 novos postos), Noroeste e Alto Paranaíba (886) e Centro (884). Os destaques negativos ficaram com as regiões Rio Doce e Vale do Aço (-1.252), Jequitinhonha e Mucuri (-312) e Norte (-169).

O que esperar da economia nos próximos meses?

“O mercado de trabalho formal brasileiro segue resiliente, com bons resultados. Contudo, outros dados conjunturais reforçam a tendência de desaceleração na economia, repercutindo no emprego. A taxa de desocupação, por exemplo, ficou em 6,5% no trimestre encerrado em janeiro deste ano, ou seja, acima dos 6,2% apurados no trimestre anterior (encerrado em outubro de 2024). Os dados são da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa é a segunda alta consecutiva do indicador, depois de registrar o menor patamar da série histórica (iniciada em 2012), no trimestre encerrado em novembro do ano passado (6,1%).

Quanto ao crescimento econômico monitorado pelo PIB, as expectativas apontam para um crescimento da ordem de 1,9%, abaixo do observado em anos anteriores. A inflação deve se manter acima do teto da meta nos próximos meses. A depreciação cambial e o aumento dos preços dos alimentos não encontram um vetor contrário capaz de reduzir a inflação rapidamente. O dinamismo da economia também mantém a inflação de serviços em patamar elevado. Ao longo do ano, é esperado dissipação de parte dos choques de alimentos, com a expectativa de dados favoráveis da safra de grãos, mas os preços de proteínas seguirão elevados”, explica a analista do Sebrae Minas Bárbara Castro.

Inteligência Sebrae

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C/ Sebrae Minas

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