Medida é uma das ações da força-tarefa montada pela Emater-MG, vinculada à Seapa, para auxiliar os produtores
Uma força-tarefa foi criada pela Emater-MG, empresa vinculada à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), em apoio à busca de soluções para as perdas ocasionadas pelas geadas que vêm atingindo Minas Gerais. Além dos técnicos regionais da empresa, equipes do programa Certifica Minas Café e de coordenadores regionais reforçarão o mutirão.
De acordo com a Emater-MG, a produção de laudos a pedido de agricultores e prefeituras será feita gratuitamente para os pequenos produtores, enquanto os médios e grandes precisarão pagar pelo serviço. O mapeamento da amplitude das lavouras afetadas pela geada não incluirá somente o café, produto mais atingido, mas também a olericultura, fruticultura, floricultura e as pastagens.
“Decidimos isentar a cobrança pela elaboração desses laudos para os agricultores familiares, para auxiliar na superação dessa situação de emergência”, afirmou o diretor-presidente da Emater-MG, Otávio Maia. A isenção da cobrança dos laudos para os agricultores familiares atingidos por geadas vai até 30 de setembro de 2021.
O subsecretário de Política e Economia Agropecuária da Seapa João Ricardo Albanez, destaca que os laudos são importantes para que os produtores afetados, que tiveram acesso ao crédito rural, possam ter acesso ao seguro agrícola, à renegociação de suas dívidas e, também, no caso dos cafeicultores, para aqueles que buscam recursos das linhas de financiamento ao amparo do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé).
Foto Crédito: Emater/Divulgação
“Temos também atuado junto aos prefeitos com informações das atividades agropecuárias, que são essenciais para a decretação do estado de calamidade ou emergência, neste momento de extrema dificuldade”, acrescenta Albanez.
O subsecretário lembra que o café é um produto importante para a economia de mais de 463 municípios. O levantamento da Emater sobre as geadas recentes envolveu 194 municípios e, desses, 167 tiveram incidência em algum nível de impacto nessa cultura. O Sul de Minas foi a região mais atingida, com 77,8% de todos os municípios afetados, seguido pelo Triângulo/Alto Paranaíba, que representou 21% das lavouras prejudicadas, totalizando em torno de 173,6 mil hectares atingidos. “São cerca de 9.500 produtores afetados” detalha o subsecretário.
Nesta segunda-feira (2/8), haverá uma reunião coordenada por Seapa, Emater-MG e Epamig para, junto às cooperativas e associações de cafeicultores, avaliar as ações e estratégias conjuntas de apoio aos produtores rurais que tiveram suas atividades atingidas.
Cartilha e orientações
A Emater-MG elaborou uma cartilha para os produtores afetados pelas geadas e uma das principais recomendações, neste momento de emergência, é se informar se a área atingida está coberta por seguro agrícola e não realizar nenhuma intervenção na lavoura antes da perícia técnica do profissional habilitado para avaliar os danos.
Para facilitar o levantamento dos prejuízos, é interessante elaborar um croqui (desenho), se possível com informações georreferenciadas dos talhões e áreas atingidas, além de registros fotográficos, de preferência com data. No momento, não é indicado realizar nenhum trato cultural, como poda, recepa ou erradicação de plantas. O conteúdo completo da cartilha pode ser acessado neste link.
Já os pesquisadores da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), também vinculada à Seapa, divulgaram material elaborado em parceria com a Embrapa, que explica porque as geadas ocorrem e traz recomendações para o levantamento dos danos e ações necessárias. As informações podem ser acessadas clicando aqui.
C/ Agência Minas