No setor supermercadista mineiro, novos investimentos vão continuar ocorrendo em todo o Estado.  A estimativa é que 70 lojas sejam abertas durante o ano, com a geração de 7,3 mil empregos diretos

Com crescimento de 10,97% nas vendas, o setor supermercadista mineiro chega ao faturamento de R$ 41,39 bilhões em 2020. Num ano marcado pelos desafios de manter o atendimento essencial e com segurança à população em meio à pandemia, os supermercados mantiveram também os investimentos em expansão e inauguraram 69 lojas no Estado. Os aportes nesses novos empreendimentos totalizaram R$ 660,85 milhões.

O número de lojas e o total investido estão ligeiramente abaixo do que foi projetado pela Associação Mineira de Supermercados (AMIS) no início de 2020, que eram de 75 novas unidades, com recursos de R$ 700 milhões. Mas o resultado é relevante diante das dificuldades enfrentadas pelas empresas de forma geral ao longo ano. “Em 2020, o setor enfrentou muitos desafios. A execução do planejamento de início de ano, em alguns momentos precisou ser substituída pelo foco no atendimento; na atenção à segurança e à saúde de clientes e colaboradores, além do cumprimento de protocolos de funcionamento das lojas para evitar a disseminação do coronavírus”, explica o presidente Executivo da AMIS, Antônio Claret Nametala. “Mas, o setor manteve a maior parte dos investimentos previstos”, avalia.

Formatos

Entre os formatos, as lojas de vizinhança tiveram a maior expansão, com a abertura de 41 unidades dos mais diversos portes. Em seguida, vem o atacarejo, com 20 novas lojas.

Altos custos X Lucros

Enquanto atendeu a uma demanda elevada em ano atípico, o setor foi fortemente afetado pelos custos tanto de produtos quanto de insumos. Os supermercados precisaram também se adequar a vários protocolos e adquirir equipamentos e itens de cuidados com a saúde para clientes e colaboradores.  Dessa forma, o setor teve aumentos de vendas, mas os resultados não acompanharam essa evolução de venda, já que as margens ficaram muito achatadas.

Setor essencial

Ao longo do ano, especialmente nos períodos de maiores incertezas, os supermercados, como atividade essencial, foram um dos poucos setores a permanecerem abertos atendendo a população.  Ou seja, mais uma vez, desempenharam papel fundamental no atendimento ao cliente e como um dos segmentos que mais contribuíram para evitar um impacto negativo ainda maior na economia do País.

Projeções 2021

As projeções do setor para este ano são otimistas, com previsão de mais investimentos e de expansão nas vendas. A chegada da vacina contra o novo coronavírus trará mais segurança para consumidores e empresários e a população em geral e mais confiança na economia. Na política, as mudanças no Congresso Nacional, com novos presidentes na Câmara e no Senado, ambos mais alinhados com as propostas do Executivo, devem favorecer a aprovação de reformas e tornar o ambiente econômico mais favorável para investimentos.

No setor supermercadista mineiro, novos investimentos vão continuar ocorrendo em todo o Estado.  A estimativa é que 70 lojas sejam abertas durante o ano, com a geração de 7,3 mil empregos diretos.  Se confirmados esses investimentos, até o final de 2021, o setor terá investido R$ 720 milhões em novos empreendimentos.

Com a esperada chegada da vacina a toda a população e seus reflexos positivos na economia e a volta do auxílio emergencial, o setor projeta um crescimento de 4,20% ao ano.  “Essa projeção reflete a melhora da confiança dos empresários do setor, com chegada da vacina e também pelas novas lideranças no Congresso Nacional, com a maior possibilidade de votação das reformas. A sinalização do governo para a volta do auxílio emergencial, ainda que em parte, também é muito bem-vinda”, explica o presidente Executivo da AMIS, Antônio Claret Nametala.   “A nossa crença é de que o País volte a se desenvolver”, concluiu.

C/ AMIS

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