A pesquisa mostrou que a chance de um paciente oncológico evoluir para óbito é seis vezes maior
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Um estudo feito por oncologistas mineiros constata que pessoas com câncer tem risco seis vezes maior de óbito por covid-19. De acordo com o doutor Bruno Ferrari, oncologista e presidente do conselho do grupo Oncoclínicas, a pesquisa reforça a necessidade da inclusão desses pacientes oncológicos no grupo prioritário para tomar a vacina contra a doença. A reportagem é da Rádio Itatiaia.
“O nosso estudo mostrou que pacientes oncológicos quando contraem covid tem uma possibilidade maior de evoluírem mal. Nós encontramos uma taxa de mortalidade de 16,8 % versus uma mortalidade de 2,7% da população global. A doença câncer não para se não tiver adequadamente tratada, então muitos dos pacientes necessitam comparecer as clínicas, aos hospitais, aos serviços oncológicos para dar continuidade ao seu tratamento, e a vacina seria mais uma segurança que a gente agrega a todos os fluxos que foram criados”, destacou.
O médico ressalta ainda, que além do câncer outros fatores podem influenciar na possibilidade de mortalidade do paciente. “O que a gente encontrou foi que além do paciente ter câncer se ele tiver uma idade maior do que 60 anos, se ele for ex-tabagista ou tabagista, tiver comorbidades importantes, outras doenças correlatas e tiver doença em atividade, principalmente em uma fase avançada, essa taxa de mortalidade é ainda maior. Então isso também corrobora com a necessidade que o paciente com câncer seja visto de uma maneira diferente da população global no que tange a vacinação”.
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Por Mônica Miranda
Radio Itatiaia