Saiba como o RH estratégico pode lidar com tensões, anseios e dúvidas dos colaboradores
O mundo enfrenta um período de crise, devido ao novo coronavírus (COVID-19), e, para não interromper as atividades, empresas adotaram o formato home office, porém a medida pode potencializar sentimentos como ansiedade, medo e baixa produtividade. Neste contexto, como o setor de Recursos Humanos pode contribuir positivamente na nova rotina dos colaboradores?
As mudanças no RH já ocorrem há alguns anos – antes, o setor era conhecido apenas por tratar questões como folhas de pagamentos e planilhas. Com a transformação digital cada vez mais presente, as mudanças gerenciais, operacionais e com os conhecimentos adquiridos pelos profissionais na faculdade de Recursos Humanos, o departamento passou a ser um dos mais estratégicos, focado em obter vantagens competitivas e no desenvolvimento do capital humano.
O RH 1.0 era responsável por processos burocráticos e, em sua maioria, manuais, enquanto o 2.0 foi criado para ajudar a administrar outras áreas. Já o 3.0 usa a tecnologia para transformar processos internos, atuar de maneira assertiva na gestão de pessoas, manter a curva de aprendizados em constante crescimento e melhorar o engajamento por meio de ações, ferramentas e sistemas automatizados. Devido às atualizações tecnológicas que não param de acontecer e às mudanças de hábitos de consumidores e colaboradores, já existem muitos debates sobre o RH 4.0 e sua importância.
Por estar à frente de processos importantes, como gestão e recrutamento e seleção, o time de RH estabelece uma relação de diálogo, confiança e comunicação com a empresa como um todo. Por isso, é um dos setores mais preparados para lidar com esse período de incertezas, mantendo o bem-estar e a produtividade, mesmo à distância.
Comunicação efetiva
Manter a conversação durante o trabalho remoto pode ser um desafio, mas é necessário para alinhar informações e escutar os colaboradores, para saber se há algo a ser melhorado. Abrir um canal virtual para que os colaboradores possam conversar com os profissionais de psicologia e de RH para compartilhar sentimentos de tensão e ansiedade que podem surgir durante o isolamento é uma das opções.
A comunicação direta e transparente é uma aliada neste momento delicado, e os gestores devem ser claros em relação a eventuais adversidades que podem surgir, mas também explicar quais ações preventivas serão tomadas. Isso faz o funcionário se sentir seguro e perceber que a crise é momentânea.
Engajamento e produtividade
Além da comunicação contínua, existem outras estratégias, como reuniões frequentes, pesquisas online para entender como está sendo o home office, a oferta de recursos para otimizar o tempo e a forma de trabalho e a disponibilização de equipamentos adequados, como computadores, caso seja necessário. Arcar com os custos de internet e telefonia, para aqueles que precisam, também são ações que fazem toda a diferença. Além disso, happy hours, treinamentos e dinâmicas por chamada de vídeo são alternativas para animar e engajar ao final do expediente.
O monitoramento é uma forma de manter o colaborador motivado e focado e acompanhar se alguém entrou em um sentimento de desânimo mais profundo, para tomar medidas mais direcionadas.
União entre os departamentos
Em um período economicamente instável, todos os departamentos precisam se unir para alinhar quais serão as táticas para diminuir o impacto no ambiente corporativo e alcançar as metas estabelecidas. O setor de RH deve nortear essas mudanças, identificando problemas, criando soluções e estabelecendo uma simetria entre o que é investido e como esses valores retornam para a companhia, de forma a evitar e cortar gastos desnecessários.
Incentivar a melhoria
Para enfrentar momentos de crise, é necessário enxergar além e usar a criatividade para sair de tal situação e se destacar. Por isso, investir em mudanças operacionais mais eficientes e em formas de qualificar o colaborador são algumas medidas que ajudam uma companhia a se manter firme. O departamento de RH deve servir como um grande incentivador, despertar nos colaboradores o desejo de se aperfeiçoar e oferecer oportunidades, pois, desta forma, o profissional irá agregar ainda mais valor à empresa.
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