Por Wellington Martins
Nesta edição da nossa coluna, quero trazer uma reflexão que considero essencial para quem deseja empreender de forma sólida, humana e inteligente. Retorno a um livro que marcou minha trajetória e que, mais do que ensinar fórmulas, provoca uma mudança de mentalidade: Empreendedorismo Não Se Aprende na Escola, do autor Robert T. Kiyosaki.
Kiyosaki não é um nome qualquer. Autor do clássico Pai Rico, Pai Pobre, um dos livros mais vendidos de finanças pessoais de todos os tempos, ele se tornou uma referência global quando o assunto é educação financeira, inteligência empreendedora e mentalidade de crescimento. Enquanto Pai Rico, Pai Pobre nos convida a rever nossa relação com o dinheiro e com o trabalho, Empreendedorismo Não Se Aprende na Escola vai além: é um manifesto sobre como pensar como um empreendedor em qualquer área da vida — mesmo que você nunca tenha tido uma empresa.
Entre os muitos trechos marcantes da obra, dois me chamaram especialmente a atenção. Dois trechos que, acredito, merecem ser revisitados com calma e que compartilho aqui com você, leitor:
“Quem ajuda as pessoas abre seu consciente e inconsciente para atender as necessidades delas.”
Essa frase, simples e poderosa, nos lembra que empreender não começa com um produto, nem com um plano de negócios, mas com empatia. Kiyosaki nos leva a entender que o verdadeiro empreendedorismo nasce quando nos colocamos no lugar do outro e nos dedicamos a resolver seus problemas reais. Isso ativa uma inteligência prática e emocional que amplia nossas capacidades cognitivas. Nosso cérebro — em todos os seus níveis — passa a “trabalhar a nosso favor” na busca por soluções, conexões e oportunidades.
Quem ajuda, escuta. Quem escuta, aprende. E quem aprende, cresce.
Esse é o ciclo virtuoso de um empreendedor de verdade. Ao priorizar o outro, abrimos espaço interno para a criatividade, a sensibilidade e a inovação.
“Quem aprende matemática tem a visão expandida, principalmente para as questões de lógica. Isso torna as pessoas ‘mais inteligentes’.”
A segunda lição, embora pareça simples, vai ao cerne de algo que muitos jovens ainda não compreenderam: a matemática não é só uma matéria da escola — ela é uma forma de raciocinar sobre o mundo.
Para Kiyosaki, o domínio da matemática desenvolve a lógica, afina o pensamento crítico e estimula a tomada de decisões mais precisas. Não se trata de decorar fórmulas, mas de construir uma mente capaz de enxergar padrões, prever consequências e organizar ideias com clareza.
É essa clareza que diferencia o empreendedor reativo do empreendedor estratégico.
E aqui deixo um recado direto para os jovens que acompanham essa coluna — principalmente os que se conectam com a proposta da nossa @aceleradoradejovens: desenvolver a mente é o primeiro passo para desenvolver qualquer negócio.
Não subestime o poder da leitura, da escuta ativa e do raciocínio lógico. São essas ferramentas, muitas vezes ignoradas no dia a dia, que moldam os verdadeiros líderes e transformam ideias em resultados.
Aceleradora de jovens: mais que um nome, uma missão
Aqui na Aceleradora de Jovens, nosso propósito é claro: formar jovens protagonistas, preparados para acelerar seus próprios projetos de vida, suas ideias, e sua visão de futuro. Assim como uma aceleradora impulsiona startups, nós impulsionamos talentos humanos.
E, para isso, valorizamos três pilares:
Ajuda ao próximo como chave de consciência e desenvolvimento pessoal.
Leitura e interpretação como ferramentas de autoconhecimento e expressão.
Matemática e lógica como bases para decisões inteligentes.
Se você é jovem, e sente que pode mais — mas ainda não sabe como —, talvez seja hora de olhar para dentro, buscar conhecimento real, e começar a empreender… mesmo que seja pelas beiradas.
Até a próxima
Vamos juntos