Com a alta dos preços, adaptação e planejamento são essenciais para manter as vendas
A Páscoa sempre foi um período de grande expectativa para quem trabalha com chocolates e doces artesanais. No entanto, a alta no preço do cacau e dos chocolates tem preocupado pequenos empreendedores do setor. De janeiro do ano passado a janeiro de 2025, o preço dos chocolates em barra e bombons aumentou 14,31%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para driblar essa situação, especialistas apontam que a chave do sucesso está na adaptação.
“A crise vai afetar quem não pensa em mudança ou em novos produtos”, afirma Lucas Almeida, docente de gastronomia do Senac, que faz parte do Sistema Fecomércio MG, e especialista em confeitaria. Segundo ele, uma das estratégias é reformular o cardápio, apostando em opções mais acessíveis. “O ideal é trabalhar com ovos menores e embalagens econômicas, sem perder o valor do produto”, indica.
Alternativas para driblar a alta do cacau
Além de reduzir custos nos produtos tradicionais, doces que exigem menor quantidade de cacau podem ser boas alternativas. “Os bombons recheados e os ovos dragê, com bolinhas coloridas comestíveis, são opções atraentes para o consumidor e mais viáveis para o produtor”, destaca Lucas.
Outra tendência para este ano são sabores diferenciados. “O pistache continua em alta, mas também temos novidades como o recheio Dubai, que traz uma textura crocante e está conquistando espaço no mercado”, comenta o especialista.
Como vender mais e evitar desperdícios
Diante da concorrência crescente, Lucas Almeida recomenda um cardápio bem planejado. “Nada de deixar o cliente montar o próprio ovo. Defina um cardápio padrão com menos opções, isso facilita a produção e permite atender melhor aos pedidos de última hora.”
Mesmo com os desafios impostos pela alta dos preços, a Páscoa segue sendo um momento de oportunidades para empreendedores do setor. Adaptar-se ao cenário e apostar em estratégias certeiras pode ser a chave para um bom faturamento em 2025.

Sobre a Fecomércio MG e o Senac em Minas
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais (Fecomércio MG) é a principal entidade representativa do setor do comércio de bens, serviços e turismo no estado, abrangendo mais de 750 mil empresas e 54 sindicatos. Sob a presidência de Nadim Elias Donato Filho, a Fecomércio MG atua como porta-voz das demandas do empresariado, buscando soluções através do diálogo com o governo e a sociedade, há 86 anos. Outra importante atribuição da entidade é a administração do Serviço Social do Comércio (Sesc) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) em Minas Gerais. A atuação integrada das três casas fortalece a promoção de serviços que beneficiam comerciários(as), empresários(as) e a comunidade em geral, a partir de suas diversas unidades distribuídas pelo estado.
O Senac em Minas atua conectado às tendências globais para oferecer educação profissional de qualidade, orientada pelas demandas do comércio de bens, serviços e turismo, além dos princípios de inovação, inclusão e sustentabilidade. Seu portfólio de cursos – ágeis, técnicos, graduação e MBA – é desenvolvido com base em pesquisas e contatos diretos com o mercado, permitindo itinerários formativos flexíveis. Com 42 unidades educacionais e 14 carretas móveis que reproduzem ambientes de aprendizagem, o Senac atende diversos segmentos, como saúde, gastronomia, tecnologia, gestão, moda e turismo, garantindo uma formação diferenciada e alinhada às necessidades do mundo do trabalho.
A Fecomércio MG também trabalha em estreita colaboração com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), presidida por José Roberto Tadros, para defender os interesses do setor nos âmbitos municipal, estadual e federal. Com 86 anos de atuação, a Fecomércio MG é fundamental para transformar a vida de cidadãos e cidadãs e impulsionar a economia mineira.