Divulgação/PCMG

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) colheu, neste domingo (27/09) o depoimento do Secretário de Obras do município de Patrocínio. O homem é responsável pela morte de Cássio Rêmis, executado a tiros na última quinta-feira (24/09). A vítima era pré-candidata ao cargo de vereador para as próximas eleições na cidade de Patrocínio, no Triângulo Mineiro.

Após várias diligências e conversas com familiares do suspeito, os delegados responsáveis pelas investigações conseguiram que o Secretário se entregasse na tarde deste domingo (27). Ele se apresentou na Delegacia Regional de Patrocínio e o seu depoimento durou, aproximadamente, três horas.

O delegado regional naquela cidade, Valter André, fazia as tratativas para a apresentação espontânea desde sexta-feira (25). “Ontem chegamos a um acordo, com algumas regras, para que ele viesse até a delegacia. Ele veio acompanhado dos advogados e demos cumprimento ao mandado de prisão. Ele cooperou e respondeu 99% das perguntas que fizemos. Os advogados também perguntaram e, posteriormente, o encaminhamos ao sistema prisional”, explicou.

Segundo as investigações, o Secretário vai responder por roubo, homicídio qualificado e porte ilegal de armas. Um dos delegados responsáveis pelo caso, Renato Mendonça, acompanhou o depoimento. “O depoimento durou cerca de três horas e a ele foram dados todos os direitos constitucionais. Ele disse que estava passando pelo local e lá percebeu que a vítima apontou em direção a ele, momento em que ele quebrou o telefone do candidato. Ele afirmou que teria ido para a casa e a vítima chegou atrás dele tentando tomar o celular. Ele afirmou que havia quebrado o telefone e, então a vítima teria agredido o Secretário. Durante as discussões, afirmou que atirou em Cássio Rêmis, alegando legítima defesa”, detalhou

A delegada Ana Beatriz de Oliveira Brugnara, da Delegacia de Homicídios de Patrocínio vai ouvir outras testemunhas nos próximos dias. “A partir das declarações que o secretário prestou hoje, daremos prosseguimento aos trabalhos e vamos ouvir mais pessoas na próxima semana. Estamos aguardando a conclusão dos laudos periciais. Quando perguntado sobre de que forma ele fugiu e como se sentiu quando percebeu que matou uma pessoa, ele não respondeu”, afirmou.

As investigações indicaram, incialmente, que o Secretário continuou atirando mesmo depois que a vítima já havia caído ao chão. “Ainda é muito cedo para falar sobre a participação de outras pessoas. No decorrer da semana será possível definir se houve a participação efetiva de alguém que se enquadra nos crimes”, concluiu o delegado Valter André.

O suspeito foi encaminhado ao sistema prisional.

C/ PCMG

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