A Polícia Civil concluiu o inquérito que apurou uma possível corrupção eleitoral no último pleito em Araxá. O vereador Dr. Zidane (Ricardo Assis Gianvechio), vai responder pelos crimes de corrupção eleitoral e associação criminosa. Foram indiciadas, no total, 25 pessoas que, de acordo com a Polícia Civil de Araxá, receberam algum tipo de vantagem na compra de votos, além do vereador.
Os detalhes da investigação foram repassados para a imprensa na quinta-feira, dia 15, durante coletiva de imprensa concedida pelo delegado responsável pelas investigações, Conrado Costa da Silva. O inquérito agora será encaminhado ao Ministério Público.
O delegado informou que um dos assessores do vereador, que era intermediador da compra de votos, afirmou que mais de cem pessoas foram favorecidas. Conforme apurou a investigação, o candidato oferecia certa quantia em dinheiro, que variava de R$50 a R$100, e em troca o eleitor deveria firmar o compromisso de votar nele. A pessoa que recebeu algum tipo de benefício também vai ser processada como corruptor passivo, mas terá benefícios de pena mais branda, convertida em pena alternativa, segundo Conrado.
O inquérito segue também para a Câmara Municipal de Araxá, que deverá tomar as providências necessárias para apurar os fatos. O vereador deverá ser submetido a uma votação e pode perder o mandato, após o trânsito em julgado, por quebra do decoro parlamentar. Se for cassado por parte da Câmara, ele pode se tornar inelegível, segundo o delegado Conrado.
Defesa
A defesa de Ricardo Assis Gianvechio, “Dr. Zidane” enviou nota à imprensa na qual afirma que tomou conhecimento sobre o indiciamento realizado pela Polícia Civil de Araxá apenas por meio da imprensa. “Até o presente momento o referido indiciamento não foi inserido dentro do inquérito policial que investiga o vereador. Desse modo, não há no momento como se manifestar acerca dos crimes que foram a ele imputados. Contudo, manifesta que Dr. Zidane nega veementemente que tenha comprado qualquer voto durante a campanha eleitoral, afirmando que irá demonstrar a sua inocência no decorrer de eventual processo criminal que porventura possa responder”, diz a nota do advogado de defesa do vereador, Walter Gustavo Ferreira da Silva.