Com direção de Gabriel Villela e texto de Claudia Barral, a montagem que já foi assistida por mais de 7.000 pessoas
desde a estreia em 2021, faz duas apresentações no Teatro CBMM, com entrada gratuita,
dentro da programação do 29º Encontro SESI de Artes Cênicas

O grupo de Campinas (SP) – que fez passagens por 80 cidades de nove estados brasileiros, além de festivais nacionais e internacionais, em países como Marrocos, Argentina e Peru – também oferece, ao público araxaense, oficinas e ensaios abertos que revelam os bastidores e o modo de funcionamento da trupe que, neste ano, completa 15 anos.

O grupo de teatro “Os Geraldos” (SP) chega à Araxá a partir do dia 16 de junho, sexta-feira, com programação gratuita de oficina, ensaios abertos e duas sessões do espetáculo, “Cordel do Amor sem Fim – ou A Flor do Chico”. Com dramaturgia de Claudia Barral e direção de Gabriel Villela, a peça conta a história de três irmãs que vivem em Carinhanha, uma cidade do sertão baiano, às margens do Rio São Francisco. A mais nova das moças, às vésperas de seu noivado, apaixona-se por um viajante no porto, um acaso que muda os rumos da história, que fala sobre a espera, o tempo e o amor. Em cena, cenários, figurinos e as canções – tocadas e cantadas ao vivo pelos atores -, trazem forte referência da cultura popular, com inspirações no sertão nordestino e no barroco mineiro. A classificação indicativa é 14 anos. Mais informações: @osgeraldosteatro.

“O ofício do artista é artesanal, coletivo, tudo leva bastante tempo para acontecer. Normalmente é algo que o público desconhece, pois tem acesso somente ao resultado. Nossa proposta de abrir os bastidores da cena é uma forma de despertar essa consciência no espectador e valorizar o que fazemos, mostrando que, como em toda profissão, o artista também tem suas especificidades e desafios, e que para chegar à apresentação do espetáculo, é preciso muito trabalho”, explica a atriz da companhia, Paula Guerreiro.

No dia 16, sexta, às 10h30, o público acompanha, em tempo real, a montagem do espetáculo com o técnico da companhia João Fernandes. Às 14h, a trupe ministra “A música e a cena”, oficina que aborda a relação entre música e a cena teatral, a partir da experiência adquirida com os profissionais da voz Babaya Morais, Francesca Della Monica e Everton Gennari. Logo depois, às 17h, quem quiser pode acompanhar o ensaio musical do espetáculo “Cordel do Amor Sem Fim – ou A Flor do Chico”, guiado pelo diretor musical e preparador vocal Everton Gennari. Para ter acesso às atividades, não é necessária inscrição prévia. A oficina será realizada no SESI SENAI Araxá. As demais atividades acontecem no Teatro CBMM (Av. Min. Olavo Drummond, 05 – São Geraldo)

No mesmo teatro, no sábado, dia 17, “Os Geraldos” faz duas apresentações do espetáculo “Cordel do Amor Sem Fim – ou A Flor do Chico”: às 16h e às 20h, para o público em geral. A entrada é gratuita com a retirada de ingressos uma hora antes do espetáculo na bilheteria do teatro (sujeito a lotação do espaço).

Os Geraldos

O grupo nasceu há 15 anos em Campinas (SP) e desenvolve três frentes de pesquisa e atuação na área artística: 1) CRIAÇÃO, com a montagem e circulação de espetáculos; 2) FORMAÇÃO, com o oferecimento de cursos, oficinas e projetos de iniciação profissional; e 3) TERRITÓRIOS CULTURAIS, com a gestão de espaços que, para além das atividades de criação e produção do grupo, tornam-se espaços de promoção de cultura, formação de público e articulação com artistas e sociedade. Por essa ampla atuação – aliada à constituição de espaços dedicados à arte e à cultura, para além de uma sede -, o grupo foi indicado, em 2017, ao Prêmio Governador do Estado de Territórios Culturais. Atualmente, o grupo conta com 8 espetáculos em repertório, apresentados em mais de 80 cidades, de nove estados brasileiros, além de festivais nacionais e internacionais em países como Marrocos, Argentina e Peru.

Os Geraldos, como nome indica, pesquisam linguagens que possam aproximar suas realizações desse objetivo: comunicar-se com um público Geral, ou com qualquer “Geraldo”, o que não significa uma simples generalização e pasteurização do público, mas um intento de se conectar com a raiz do teatro popular, um resgate à formação de público. A consideração do público como elemento central na construção de uma linguagem está também na base do primordial teatro grego, mas também das formas variadas da commedia dell’arte e do teatro épico de Bertold Brecht. A difusão, o apresentar o teatro, é para o grupo ao mesmo tempo um objetivo e um ponto de retorno para definição de suas linguagens.

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