Os indicadores confirmam o momento crítico no combate à pandemia em Minas Gerais. A fila de pacientes à espera de um leito tem variado em torno de 200 pessoas nos últimos dias
Em meio ao risco de colapso na rede assistencial, Minas Gerais registra nesta quarta-feira (17) novos recordes tanto na média de mortes provocadas pelo coronavírus quanto no ritmo de casos confirmados da doença. As informações são do Termômetro da Covid do portal O TEMPO.
Segundo o monitoramento realizado a partir dos dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), a média chegou a 172 óbitos diários ao longo dos últimos sete dias. Isso representa um total de 1.205 vítimas apenas neste período e um aumento de 34% no ritmo de confirmações em relação a duas semanas atrás.
Foto Crédito G1
Já a média de casos foi de 7.560 novos diagnósticos positivos por dia durante a última semana, somando 52.921 pacientes ao total de infectados neste mesmo intervalo. O crescimento da curva é de 32% em duas semanas.
Os indicadores confirmam o momento crítico no combate à pandemia em Minas Gerais. A fila de pacientes à espera de um leito tem variado em torno de 200 pessoas nos últimos dias, segundo a SES-MG. A sobrecarga na rede assistencial já levou o governo estadual a solicitar apoio do Ministério da Saúde para evitar o desabastecimento de oxigênio nos hospitais.
Ainda conforme a secretaria, a taxa de ocupação atual em Minas Gerais é de 86% nas UTIs habilitadas para atendimento a casos de Covid-19. As vagas estão esgotadas nas regiões Leste do Sul (Ponte Nova) e Noroeste (Patos de Minas) e a lotação passa dos 90% nas regiões Central e Vale do Aço.
Para tentar conter a transmissão do vírus e evitar o colapso, o governo estadual determinou a entrada de todos os municípios na Onda Roxa, a mais restritiva do programa Minas Consciente.
A aceleração nos indicadores preocupa, pois tende a pressionar ainda mais o sistema de saúde. Como observado em outros momentos da pandemia, os aumentos na média de casos são normalmente seguidos de elevações na curva dos óbitos. Outro fator importante neste momento são as novas variantes do vírus, que podem afetar pessoas mais jovens e alongar os períodos de internação, provocando assim uma maior concorrência por vagas nas enfermarias e UTIs.
Clique AQUI e confira o Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde desta quarta-feira, dia 17.
C/ O Tempo