A dor faz parte do dia a dia de muitas pessoas. Ela impossibilita na realização de tarefas diárias, atividades físicas e até profissionais, além de prejudicar a qualidade de vida que a pessoa costuma ter. É importante saber que a dor crônica é muito comum e que afeta cerca de 37% da população, ou seja, três em cada uma pessoa, de acordo com a Sociedade Brasileira de Estudo da Dor.

É válido saber todas as pessoas já sentiram algum tipo de dor na vida. Ela ocorre devido a sensibilidade que é percebida pelos nervos, que possuem terminações nervosas por todo o corpo. A pele e os órgãos possuem sensores, chamados de receptores da dor, que identificam que algo não está normal. Desta forma, quando uma pessoa corta o pé, por exemplo, os nervos dessa região são sensibilizados. Um impulso nervoso é conduzido entre a região afetada até o Sistema Nervoso Central, composto pela medula espinhal e o cérebro. Assim, a informação será interpretada e entendi que há uma agressão e surge a o incômodo.

Saiba que, apesar de ser uma sensação desagradável, ela serve como ferramenta para a sobrevivência, já que ela funciona como um alarme para a ocorrência de lesões no corpo ou para indicar que há algo errado.

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Vale saber ainda que o mecanismo de dor e a experiência de uma pessoa, normalmente é diferente do que a outra sente. Isso porque se essas duas pessoas fizerem um corte exatamente igual, provavelmente as intensidades de dor serão diferentes. Isso ocorre, pois, muitas vezes, a pessoa é influenciada pela cultura, idade, gênero, emoções e expectativas. Ou seja, a dor é uma experiência subjetiva e desagradável, portanto é essência sempre acreditar e respeitar a dor do outro.

Dor aguda

A dor aguda é aquela que tem resolução mais rápida, com duração entre dias e semanas. Normalmente é associada a uma causa bem definida, como cólica renal, dor de cabeça, trauma, dor após cirurgia e queimadura. Se a dor tiver uma causa bem definida, normalmente elas diminuem com o tempo à medida em que o problema que a gerou for melhorando.

Vale saber que diante de uma dor é essencial introduzir medicações que diminuem a dor, como analgésicos, e procurar a causa do problema. Para exemplificar, se houver dor no peito de forte intensidade que se inicia como uma dor aguda, a pessoa não deve apenas tomar algum medicamento, mas procurar um pronto-socorro para avaliação o quanto antes, pois essa dor no peito pode ser um infarto!!

Dor crônica

Por definição, a dor crônica é que dura mais de 3 meses. Ela também persiste mesmo após a cicatrização e pode acontecer sem uma lesão evidente na região que dói. Exames de imagem que excluem alterações na coluna, por exemplo, não significam que a dor na coluna não seja a  origem. Vale se atentar também, pois a dor crônica não vem sozinha: muitas vezes ela vem acompanhada de outros sintomas, como ansiedade, depressão, problemas com sono, uso inapropriado de medicações, medo e isolamento da sociedade.

Além disso, é comum a história de a pessoa ter procurado muitos médicos, feito múltiplos tratamentos, mas não ter um diagnóstico correto. É possível também que a pessoa, provavelmente, conviva com alguém com dor crônica e essa pessoa nem sabe que tem.

Entre os exemplos de dor crônica, estão:

– Enxaqueca;
– Fibromialgia;
– Endometriose;
– Dores lombares e nas costas;
– Dores relacionadas ao diabetes;
– Artrose de joelho;
– Dor durante câncer.

O que causa dor crônica?

Doenças duradouras e sem resolução, que produzem estímulos contínuos para o Sistema Nervoso Central, podem ser responsáveis pela dor crônica. As lesões, mesmo leves, podem levar a alterações a longo prazo no sistema nervoso (sensibilização), dos sensores da dor ao córtex cerebral. Com a sensibilização, o desconforto decorrente de uma doença praticamente resolvida é percebida como dor significativa. Vários mecanismos tentam explicar a origem da dor crônica, muitas pesquisas avançam em sua origem, para no futuro melhorar o seu tratamento.

Diagnóstico

O diagnóstico da dor é feito com o melhor que a medicina pode oferecer: conversar com o paciente com dor e examinar. Alguns exames selecionados podem ajudar no diagnóstico de alguma doença, mas o principal é a conversa entre paciente e médico

Tratamento

O tratamento da dor crônica envolve medicações que tiram a dor, os chamados analgésicos, e outras medicações que atuam no controle de dor, até mesmo infiltrações de medicações dentro do local da dor, como ocorre na coluna, nos joelhos, no quadril e nos nervos. Diante disso, é válido saber que o tratamento é multidisciplinar, ou seja, com o auxílio de vários profissionais de saúde, como médicos, dentistas, enfermeiros, psicólogos e fisioterapeutas, cada um aplicando seu conhecimento para minimizar o sofrimento do paciente. A acupuntura, alongamentos, terapias cognitivo comportamentais e atenção plena são estratégias alternativas eficazes no tratamento da dor cônica.

Se identificar os sintomas listados, procure um médico especialista em dor.

C/ Dr. Ajuda

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