Neurologista do Hospital Santa Paula dá dicas para amenizar problema comum no verão
A promessa de temperaturas altas com a chegada do verão é uma preocupação para quem sofre de enxaqueca – e com razão. O calor excessivo é um dos fatores desencadeantes de dores de cabeça e quem sofre com crises pode ter seu quadro agravado.
Dr. Alexandre Bossoni, neurologista do Hospital Santa Paula, afirma que existem dezenas de tipos diferentes de dores de cabeça, porém as mais comuns são a enxaqueca (ou migrânea) e a cefaleia tensional. “Na enxaqueca, a dor costuma ser forte e latejante e vem acompanhada de outros sintomas, como náusea e intolerância a luz e ao barulho, além da intensidade da dor piorar com atividades físicas corriqueiras”. Para as pessoas acometidas por esse problema, a dor é incapacitante, reduz a qualidade de vida, atrapalha a execução de tarefas cotidianas, prejudica o trabalho, a vida familiar e o convívio social.
A enxaqueca, de modo geral, pode ser desencadeada por fatores climáticos, emocionais, psicológicos, variações na rotina e nos hábitos de sono, na alimentação, estresse, consumo de bebidas alcoólicas e exercício físico, em alguns casos. Nas mulheres, as oscilações hormonais do ciclo menstrual também têm influência. Contudo não é raro haver crises sem um motivo aparente, sem um desencadeante óbvio. Elas podem surgir espontaneamente, pois a enxaqueca é uma doença do funcionamento do cérebro.
Entre os fatores ambientais, o mais importante é o calor, e isso acontece por uma combinação de elementos. “A mudança de temperatura, por si só, pode causar crises de enxaqueca”. diz Dr. Alexandre Bossoni. “Além da própria temperatura, durante o verão perdemos muito líquido pelo suor. Se não tomarmos cuidado, ficamos desidratados e isso pode ser um fator de piora ou de ocorrência de crises de dor de cabeça. Além disso, é o período do ano preferido para férias e que coincide com várias festas e feriados, durante os quais mudamos de rotina de sono, alimentação, exercícios físicos, além de termos momentos de maior consumo de bebida alcóolica. Praticamente uma receita infalível para um desagradável dia de dor”.
Como evitar
Existem algumas medidas simples que podem minimizar o sofrimento com dores de cabeça fortes nos dias de temperatura muito alta.
A primeira recomendação do neurologista é manter-se sempre bastante hidratado, aumentando significativamente nessa época a ingestão de líquidos.
Também é importante evitar a exposição direta ao sol forte, em especial nos horários de pico. Em ambiente ao ar livre, deve-se utilizar chapéu e óculos que ofereçam boa proteção contra a luminosidade. Tome banhos frios para refrescar, coloque roupas mais frescas ou aplique compressas frias na cabeça.
Na alimentação, o especialista recomenda que se dê preferência a alimentos mais leves, com menos gordura, e evite o consumo de cafeína e comidas com muito açúcar. “Também é indicado evitar longos períodos de jejum”, diz.
E durante a noite, preservar um ambiente mais fresco no quarto é essencial para não prejudicar o sono.
Se, mesmo seguindo essas dicas, a dor de cabeça surgir muito intensa ou em pessoa sem histórico de enxaqueca, é preciso atenção. “Quando a dor é acompanhada de outros sintomas neurológicos, como confusão mental, alteração visual ou dificuldade de fala ou movimento, é fundamental procurar um pronto-socorro imediatamente para uma avaliação, pois pode ser sinal de um problema mais grave, como um Acidente Vascular Cerebral”, alerta o neurologista.
Sobre o Hospital Santa Paula
O Hospital Santa Paula é um centro de excelência em saúde localizado na zona sul de São Paulo. Pertence à Rede Ímpar, que congrega 7 hospitais nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal e que se uniu à DASA, líder em medicina diagnóstica no Brasil, com mais de 30 marcas de laboratórios no País e GSC Integradora de Saúde.
Inaugurado em 1958, tem como foco a alta complexidade, atuando em mais de 30 especialidades médicas, com destaque para Oncologia, Cardiologia, Neurologia e Ortopedia.
Com uma área de 18 mil metros quadrados, dividida em três edifícios, possui 200 leitos, sendo 50 deles destinados especificamente à Terapia Intensiva. Além disso, dispõe de Centro Cirúrgico com nove 9 salas de cirurgia e dez leitos de recuperação anestésica. Anualmente, realiza 9 mil procedimentos cirúrgicos, 14 mil internações e atende aproximadamente 100 mil pacientes no Pronto Atendimento. Conta com mais de 1,2 mil colaboradores diretos e indiretos e possui em seu corpo clínico 2,4 mil médicos cadastrados.
Em 2012 conquistou a certificação Joint Commission International (JCI) e em 2014 conquistou certificação JCI para tratamento de AVC. Em 2018, obteve o Selo Pleno do Hospital Amigo do Idoso, da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Naquele mesmo ano, recebeu a Certificação Internacional da Healthcare Information and Management Systems Society (HIMSS) estágio 7 (grau máximo), uma das associações internacionais de maior prestígio mundial no setor de saúde. A instituição foi a primeira de São Paulo a conquistar o nível máximo da EMRAM – Electronic Medical Record Adoption Model -, se consolidando como hospital totalmente digital (paperless).