Dr. Henrique Coraspe faz alerta e ensina como proceder nestes casos Com a chegada do inverno, o número de pacientes vítimas de queimadura aumenta muito. Alguns fatores podem explicar esta situação. Segundo o médico Henrique Coraspe, muitas vezes, as queimaduras estão associadas a festas juninas com fogueiras e até ao aumento do preparo de comida em casa, já que este também é um período de férias. “No Brasil, estima-se que ocorram cerca de um milhão de casos de queimadura por ano (SBQ), desses 17.000 serão internados e 2.500 irão falecer, direta ou indiretamente, por causa das lesões”, explica o médico No país, ocorreram cerca de 19.000 mortes entre 2015 e 2020 decorrentes de queimaduras, sejam térmicas ou elétricas. “Temos que ter atenção especial também para a população pediátrica, em que o tipo de queimadura mais comum é por escaldadura, que é a queda de algum líquido quente, como óleo ou água”, alerta Henrique Coraspe, informando que cerca de 18,4% das internações por queimaduras em 2018 foram do público pediátrico, ocupando o 4º lugar entre as causas de óbito infantil no Brasil. Já na população adulta, predominam as queimaduras térmicas, como, por exemplo, explosões com uso de álcool em churrasqueiras ou réchaud. “Além da elevada mortalidade, elas ocasionam também morbidade gerando um afastamento do trabalho, sequelas e limitações funcionais”, destaca. Atendimento multidisciplinar A complexidade das queimaduras normalmente demanda um atendimento multidisciplinar com fisioterapia, terapia ocupacional, nutrição, precisando, na maioria das vezes, de longos períodos de internação e várias abordagens cirúrgicas. “A recuperação também é influenciada pelo aspecto emocional, comprometendo o bem-estar com a perda de qualidade de vida, tudo isso gerando um custo elevado socioeconômico para as vítimas e para o sistema de saúde. Dessa forma, é fundamental buscarmos prevenir que ocorram as queimaduras com ações e conscientização”, diz o médico. Cuidados Entre os cuidados dentro de casa destaca-se evitar deixar os cabos das panelas para frente, conferir sempre se a chama foi desligada e manter as crianças longe da cozinha. Destaca-se para prevenção de queimaduras por inflamáveis, não usar álcool líquido e dar preferência para acender a churrasqueira sem o uso do álcool. Em caso de acidentes, deve-se molhar a área queimada com água fria e corrente. Não passar substâncias como pomadas, creme dental ou pó de café e entrar em contato com o serviço de emergência. C/ Unimed/Araxá |
Comentários estão encerrados