O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Regional de Uberaba, no Triângulo Mineiro, deflagrou na última sexta-feira, dia 26, a Operação Anfíbio, com o objetivo de averiguar a denúncia de que agentes públicos, lotados na Penitenciária Professor Aluízio Ignácio de Oliveira, em Uberaba, estariam envolvidos com crimes de favorecimento real e impróprio e tráfico de drogas no interior do estabelecimento prisional.

Dois agentes públicos foram presos em flagrante e encaminhados à presença da autoridade policial por tráfico de drogas (anabolizantes) e posse ilegal de munição. Os mandados de busca e apreensão, 12, foram expedidos pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Uberaba. Eles foram cumpridos em residências e veículos nas cidades de Uberaba e Conceição das Alagoas, bem como nas dependências da penitenciária em Uberaba, em desfavor de cinco policiais penais, em cumprimento à ordem judicial.

De acordo com o MPMG, os agentes públicos são investigados por supostamente facilitar e promover a entrada de aparelhos celulares e drogas no ambiente carcerário.

A operação foi realizada em conjunto com a Diretoria Regional da 5ª Região Integrada de Segurança Pública (Risp), do Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depedn/MG), e a 5ª Região da Polícia Militar de Minas Gerais, por intermédio dos 67º e 4º Batalhões de Polícia Militar. Participaram três promotores de Justiça, 20 policiais militares, 11 policiais penais, agentes do Gaeco e servidores do MPMG.

O conceito da Operação faz alusão a Hylodes Perplicatus, uma espécie de anfíbio nativo do Brasil, cuja característica principal é a capacidade de viver ou circular em ambientes distintos, como terra e água. Do latim, perplicatus significa confuso, ambíguo, dando a conotação de duplicidade e/ou ambiguidade na atuação dos alvos.

C/ Ministério Público de Minas Gerais
Superintendência de Comunicação Integrada

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