Foto Divulgação/PCMG

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) realizaram, na sexta-feira (16), a operação Voto de Cabresto, com o objetivo de combater um grupo criminoso responsável pela prática de crimes eleitorais, na cidade de Perdizes, região do Alto Paranaíba.

O objetivo da operação foi cumprir três mandados de prisão temporária contra o vice-prefeito e dois funcionários da Prefeitura de Perdizes, por utilizarem de poder econômico e de influência política para ocultar provas e dificultar as investigações. Durante os trabalhos policiais, os dois funcionários foram presos, e o vice-prefeito se apresentou na delegacia, no fim do dia, acompanhado do advogado.

Foto Divulgação/PCMG

O delegado regional em Araxá, Vitor Hugo Heisler, informa que ainda foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão, incluindo buscas na casa de dois vereadores de Perdizes – suspeitos de participarem do esquema de compra de votos –, na Prefeitura e na Câmara Municipal, além de dois estabelecimentos comerciais. “Foram apreendidos documentos, dinheiro, aparelhos celulares e computadores que seriam utilizados nos crimes, deturpando o sistema eleitoral e o livre exercício do voto”, destaca ao acrescentar que, na residência do ex-prefeito, foram localizados cerca de R$ 5 milhões em cheques e dinheiro.

Participaram da operação Voto de Cabresto mais de 20 policiais civis pertencentes ao Departamento de Polícia Civil em Uberaba e 18 policiais civis da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).

O esquema

De acordo com as investigações, o grupo investigado usava a máquina pública municipal para deturpar o processo eleitoral, ao coagir e induzir outros servidores, em especial funcionários comissionados, a votarem no atual vice-prefeito de Perdizes para o cargo de prefeito.

Após requisição do MPMG, no dia 7 de outubro, sobre uso de funcionários públicos em horário de expediente para pressionar e coagir comissionados a apoiarem a candidatura do vice-prefeito, a PCMG iniciou as investigações. Durante as apurações, um carro com servidores da Prefeitura de Perdizes foi abordado por policiais civis. No interior do veículo, foi localizada uma lista de servidores comissionados e diversos materiais de campanha do candidato.

Foi apurado também que o vice-prefeito de Perdizes e apoiadores dele forneciam materiais de construção, como tijolos, cimento, areia, telhas e portas, para eleitores em troca de voto. Os suspeitos, contando com a participação de servidores municipais do setor de licitações e de compras, ajustava a aquisição de materiais em dois estabelecimentos comerciais, que, com dinheiro público, desviavam parte das compras em entregas feitas diretamente na residência de eleitores.

O nome da operação faz referência ao mecanismo de acesso aos cargos eletivos por meio da compra de voto com a utilização da máquina pública e ainda ao uso de coação e ameaças para que eleitores apoiem determinado candidato.

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C/ Ascom/PCMG

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