Universidade Federal de Minas Gerais começa a aplicar doses da CoronaVac nesta sexta-feira (31); 852 voluntários estão entre os 9 mil participantes da fase final dos estudos

O Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Fármacos da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), inicia nesta sexta-feira (31) os testes da vacina para a COVID-19. A universidade é o primeiro centro de pesquisa fora do estado de São Paulo a iniciar os testes da CoronaVac no Brasil.


Foto Reprodução

O potencial imunizante está em fase final de pesquisa por meio de uma parceria entre o Instituto Butantan e a farmacêutica Sinovac Life Science. Dos 9 mil voluntários brasileiros, cerca de 852 profissionais de saúde receberão o potencial imunizante e serão acompanhados em Minas Gerais.

Nesta sexta-feira (31), além da Universidade Federal de Minas Gerais, os testes iniciam no Universidade Municipal de São Caetano do Sul, em São Paulo.

Na manhã de quinta-feira (30), os testes também começaram no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, na capital paulista, com 852 voluntários. O hospital é referência nacional para doenças infectocontagiosas. A testagem coordenada pelo Butantan deve ser concluída entre o final de outubro e o início de novembro. No total, 12 centros de pesquisa foram selecionados no país. O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP foi o primeiro a aplicar a CoronaVac, no dia 21 de julho. No complexo do HC, são 890 voluntários.

O imunizante desenvolvido pela Sinovac Life Science é um dos mais promissores do mundo porque utiliza tecnologia já conhecida e amplamente aplicada em outras vacinas. O Instituto Butantan avalia que sua incorporação ao sistema de saúde deva ocorrer mais facilmente.

O laboratório asiático já realizou testes em cerca de mil voluntários na China, nas fases 1 e 2. Antes, o modelo experimental aplicado em macacos apresentou resultados expressivos em termos de resposta imune contra o coronavírus.

A farmacêutica forneceu ao Butantan as doses da vacina para a realização de testes clínicos de fase 3 em voluntários no Brasil, com o objetivo de demonstrar sua eficácia e segurança.

Caso a vacina seja aprovada, a Sinovac e o Butantan vão firmar acordo de transferência de tecnologia para produção em escala e fornecimento gratuito pelo SUS. Os passos seguintes serão o registro do imunizante pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e distribuição em todo o Brasil.

Abaixo, a relação dos 12 centros de estudo que vão participar da fase final de pesquisa da vacina contra o coronavírus:

– Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP
– Instituto de Infectologia Emílio Ribas
– Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto
– Universidade Municipal de São Caetano do Sul
– Universidade Federal de Minas Gerais
– Hospital Israelita Albert Einstein
– Hospital das Clínicas da Unicamp
– Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto
– Universidade de Brasília
– Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas de Fiocruz (RJ)
– Hospital São Lucas da PUC do Rio Grande do Sul
– Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná

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