Modalidade exige atenção em outros aspectos, como nas funcionalidades dos sites e no atendimento

Com a rápida disseminação do novo Coronavírus, o isolamento social é a principal medida adotada para tentar conter o contágio. Assim, é importante que os consumidores utilizem serviços online para realizar suas compras sem que seja necessário a ida presencial às lojas.

Desde que a quarentena teve início no Brasil, já é possível prever o impacto nas vendas pela internet. As compras em e-commerce nos setores de alimentação e saúde tiveram uma alta de 180%, de acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). Os demais segmentos registram um crescimento na casa dos 30%, segundo o presidente da entidade, Maurício Salvador.

Nos últimos anos, o e-commerce já estava ganhando destaque e preferência dos consumidores frente às lojas físicas. De acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o faturamento do setor alcançou R$ 26,4 bilhões no primeiro semestre de 2019, o que representou um lucro de R$ 3 bilhões a mais do que o registrado no mesmo período de 2018.

Com isso, migrar ou integrar as lojas físicas para o modelo online pode ser uma alternativa para conquistar novos clientes que não conseguiriam ir até o estabelecimento. Mesmo que os processos e as estruturas sigam, basicamente, os mesmos padrões, a abertura da modalidade é um desafio.

Isso porque o e-commerce demanda um planejamento único, que funciona de um modo diferente. Neles, os sites devem conter infraestrutura e design capazes de oferecer um catálogo de produtos organizado, com descrições informativas e com bom funcionamento em computadores, smartphones e tablets, para simplificar a jornada do consumidor. Para que a loja seja encontrada com facilidade nos buscadores, também é necessário investir em SEO.

Por levar alguns dias entre a compra e a entrega, o relacionamento entre a loja e o cliente dura mais tempo. Assim, é preciso investir também em um atendimento personalizado, com os envios sobre o andamento do pedido e o fornecimento das informações necessárias para ele.

Assim, os principais pontos de atenção no momento de migrar de uma loja física para a virtual são: manter o ambiente online acolhedor e funcional com informações claras e objetivas; criar uma estratégia focada em SEO; realizar os processos entre a compra e a entrega com agilidade e eficiência; e manter um bom relacionamento com os consumidores.

Estratégias em meio a pandemia

O Mercado Livre, que é uma das empresas mais conhecidas no país, teve aumento de 65% nas vendas relacionadas à saúde, higiene e bebidas em março, em comparação com o mesmo período de 2019. Para conseguir atender a demanda atual, a corporação deverá reforçar os times de logística. “Nosso planejamento prevê antecipar para um prazo imediato a curva de contratação prevista para três meses”, afirma Leandro Bassoi, vice-presidente de Mercado e Envios para a América Latina.

Mesmo com as altas, Maurício Salvador ressalta que o setor de e-commerce também sofrerá com as medidas de distanciamento social. Antes disso, a ABComm estimava um faturamento de R$ 106 bilhões para o setor, mas deve apresentar um novo número em breve.

C/ Conversion

Comentários estão encerrados