O número de pessoas com dívidas e finanças desorganizadas cresce cada dia mais. Inclusive, segundo a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas há em média 60 milhões de cidadãos brasileiros com o nome inscrito em órgãos do Serviço de Proteção ao Crédito, ou seja, SPC e Serasa.
Diante disso, é notável o quão importante é manter as finanças organizadas e saber como gastar o nosso dinheiro.
Por isso, separamos cinco passos importantes para organizar o planejamento financeiro pessoal. Confira:
Por que organizar as finanças pessoais?
Entender como funciona o controle financeiro pessoal é primordial para que não haja endividamentos e assim consiga manter seus gastos em ordem.
Aqueles que conseguem se organizar, identificam os desperdícios e sabem quais gastos devem ser reduzidos ou cortados. Com isso, conseguem traçar um caminho para que se alcance um objetivo ou simplesmente consiga poupar.
Quem se organiza bem consegue identificar facilmente os desperdícios e apontar gastos que podem ser cortados para garantir uma folga na hora de fechar as contas do mês, poupar e investir.
Ao entender como funciona a organização das suas finanças pessoais, o indivíduo mantém hábitos financeiros saudáveis que proporcionam a possibilidade de investir e manter uma vida com alta qualidade.
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Organizando as finanças em 5 passos
Para iniciar o processo de organização e o planejamento financeiro será necessário tomar algumas atitudes. Vejamos:
Analise sua situação
A primeira coisa a ser feita é entender como se encontram as finanças no momento atual.
É impossível organizar as finanças e criar um planejamento financeiro mensal sem saber exatamente o dinheiro que entra e como esse dinheiro é gasto. Por isso, a primeira coisa a se fazer é conhecer esses números.
Coloque no papel todos os gastos, veja se as receitas cobrem e o que pode ser feito para equilibrar essas contas. Fora isso, não esqueça também de listar caso possua alguma dívida.
– Defina metas financeiras
Depois de analisar as suas contas e entender a situação em que se encontra, mapear todos os ganhos e gastos, é preciso estabelecer metas financeiras a serem alcançadas
Nesse momento o indivíduo deve pensar em tudo que deseja para sua vida, quais os seus objetivos. Podem ser divididos em curto prazo (até uns 2 anos), médio prazo (entre 2 e 5 anos) e longo prazo (mais de 5 anos).
Essas metas incluem desde objetivos mais simples a complexos. Troca de celular, pagamentos de dívidas, viagem, festas de casamento, intercâmbio, cursos, graduação de familiares, compra do imóvel próprio e muitos outros.
– Renegocie dívidas
Antes de mais nada, se em seu orçamento pessoal houver alguma dívida é necessário negociá-las o quanto antes.
As empresas quando incluem o nome do cliente devedor nos órgãos de serviço de proteção ao crédito eles enviam cartas. Essas cartas informam do débito e chamam o cliente para negociação e lhe dão o prazo, caso a negociação não aconteça, então o nome será registrado.
Nesse período de renegociação é o melhor momento da negociação, pois os bancos e instituições financeiras estão dispostos a reduzir a taxa de juros e multas vezes a aceitar um valor que pode ser vantajoso para o cliente, inclusive o parcelamento do débito.
Dependendo da dívida e do valor, um empréstimo rápido com juros menores pode ser uma opção. No caso do crédito com garantia de veículo é possível encontrar taxas mais baixas, mas é preciso analisar sua situação no geral..
Além disso, é primordial que não se adquira outras novas dívidas. Enquanto as finanças não estiverem controladas e as dívidas antigas pagas não deverá ser feito nenhum tipo de compra.
Não importa o valor dessa compra e nem se haverá parcelamento. Nesse momento de organização e renegociação de dívidas é necessário total controle.
– Encontre novas fontes de renda
Nesse período de reorganização das finanças, talvez seja necessário cortar ou reduzir alguns gastos. Mas pode ser que isso não seja o suficiente e seja preciso aumentar as receitas. Nesse caso, talvez o caminho seja encontrar novas fontes de renda.
Atividades como artesanato, culinária e aulas particulares podem ser excelentes opções. Atualmente, a venda de produtos pela internet também tem ajudado muitas pessoas a conseguirem um dinheiro extra.
Dependendo do trabalho que a pessoa faça, também pode ser possível um segundo trabalho com horário reduzido ou ainda prestação de serviços freelancer.
– Acompanhamento constante das finanças
A base de qualquer organização e controle financeiro deve partir de uma consciência, tanto de quanto se ganha, como do quanto se gasta.
É preciso saber exatamente a quantidade de dinheiro que entra e a quantidade de dinheiro que sai.
A consciência principal é entender que o valor das despesas jamais poderá ser maior que a receita.
A receita deve ser sempre maior. Por isso, o ideal é criar um controle físico, seja por planilhas ou anotações em caderno. Só assim poderá ser acompanhado todos os movimentos e apurar se algum gasto poderá ser realizado ou se algum deverá ser cortado ou reduzido.
O uso desse controle financeiro deve ser feito constantemente. Pois somente ele sinaliza se alguma coisa nas finanças estiver saindo do controle.
Há muitos aplicativos disponibilizados gratuitamente na rede que podem ajudar nesse controle ou na criação de uma planilha no Excel.
– Considerações finais
O benefício principal para aqueles que praticam a educação financeira é ter segurança e conforto no orçamento.
Com organização é possível identificar os possíveis desperdícios e gastos desnecessários, cortando ou reduzindo conforme a necessidade.
Além disso, é possível investir uma parte para garantir o futuro, assim como guardar um valor para possível emergência.
Conhecendo os caminhos que percorrem seu dinheiro, a organização fica mais fácil e evita que você caia em ciladas.
Quem cuida bem do dinheiro, vive de forma mais tranquila e segura, além de estar mais preparado para quaisquer situações não previstas.
C/ Juros Baixos